sexta-feira, 27 de julho de 2007

Gente, que ótimo!
Fiquei aqui de longe lendo e me emocionando com os e-mails trocados, principalmente com a nossa ida coletiva à peça lá em Paris, rs, eu me senti lá, compartilhei mesmo!Ainda estou de férias na casa da minha mãe em Minas.

Um beijo enorme!

Pi.

terça-feira, 24 de julho de 2007

É mesmo, todo mundo emocionado... Dominique, você é a Toinette todinha! É cuspido e escarrado! E eu só me lembro da Dominique, (Ma Prof. Chérie!), no domingo de manhã comentando comigo: - Perdi tudo, todos os meus amigos, todos os meus alunos particulares, minhas noites de sono, só por causa do teatro... Pareceria bem dramático, se não fosse uma comédia! É rezar pra Dionísio repetir a dose em agosto!!!Beijão em todos vocês! Saudades do tamanho de um palco infinito.

Marília
A emoção da minha vida. Oi Fabio e toda a tropa estou aqui chorando e partilhando essa emoção com vocês. O teatro mudou minha vida, me reaproximou do meu ser, me tornei uma pessoa melhor, o coração aberto e isso reflete em toda minha vida. Minha mente felizmente perdeu o controle e o corpo e a alma estão se fundindo, com aquela energia mágica circulando entre o palco, o público, Dyonisos... Eu em algum lugar que chamo êxtase! Reinventamos o ato criador, pois Deus fala pela nossa intuição. Muito obrigado pelo mel. Estou morrendo de êxtase e saudades!!! Tudo bom para vocês!!! Muita paz!!!Beijos sem fim na alma.

Toinette

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Foram mais de 10 minutos de aplausos... Era algo impressionante... E a cada vez que os atores voltavam à cena os aplausos eram mais fortes... O teatro estava completamente lotado... As pessoas eram de varias idades... Bom, não sei nem por onde começar. Normalmente quando escrevo um artigo para ser publicado é com a cabeça, a razão que escrevo, mas hoje vou permitir que o coração fale, pois ele esta transbordando de emoção e seria injusto de minha parte reprimir tal sentimento. A emoção começou quando cheguei no teatro...Um lugar completamente lindo e cheio de HISTORIA, pois a cada passo que dávamos - eu e a Fernanda - encontrávamos uma imagem de Voltaire, Racinee Molière... Imagina os estudei durante um tempão na universidade... Era algo mágico e ao mesmo tempo real! A comédie française foi inaugurada em 1860 e desde la vem funcionando com espetáculos de alta qualidade e fazendo reverência ao gerador de tudo isso; Molière. Logo no primeiro minuto de espetáculo veio também a primeira lagrima. Argon dando aquele "Bifão" com tanta propriedade e com tanta naturalidade (lembra Juan, você morria de medo dessa cena?)... Não se preocupe Juan que o que você fez é tão bom quanto, pois você tem o tempo certo da cena e ele tem a idade certa do personagem, mas você tem o talento certo para desenvolver tal personagem! As lagrimas voltavam quando percebia que nossa tão singela montagem, em alguns aspectos, era tão boa quanto, ou melhor, do que a deles. A maior diferença esta no dinheiro que eles tiveram para montar e a gente não. Se tivéssemos o mesmo apoio, vos digo com toda a certeza que iríamos ser indicados a prêmios... É verdade! Teria aqui que fazer um relatório completo de toda a peça para que vocês entendam o que quero dizer, mas não tenho tempo. Então, vou dar exemplo de algumas cenas. Acho que a nossa cena onde Beline colocava os travesseiros para acomodar Argon é mais ágil e mais funcional, do ponto de vista da comicidade, não que a deles não seja engraçado, mas a ação é desenvolvida em um tempo muito mais lento, o que funciona bem aqui, já em salvador... Não tenho tanta certeza. Outra cena que destaco como sendo tão boa quanto, ou melhor, é a cena dos Diafoirus. Na verdade, não falo do meu personagem já que eu não tenho a idade dele, mas do personagem de Drummond, pois é uma cena que quase não tem a ver com a outra; Eles, por exemplo, seguiram o texto a risca não pondo e nem tirando uma virgula; já a gente... Mas o interessante foi ver que em nossa montagem o personagem de Thomas Diafoirus ganhava a cena com uma propriedade que o segundo ato, praticamente, se rendia a esse momento. Já na montagem da Comedia Française o personagem, muito engraçado, diga-se de passagem, apresentava uma outra energia. Era uma energia mais pacata, mais submissa, enquanto que a de Drummond em cena era completamente o inverso... Era energia demais que eu chegava a ponto de manda-lo diminuir... Essa percepção do mesmo personagem com energias contrarias foi inesquecível, pois sei que um mesmo personagem pode ser desenvolvido de formas diferentes, mas já com energias diferentes é quase... Impossível... E foi o que aconteceu! A cena de Loison, que Fernanda estava no meu lado, foi lindo ver que os olhos dela brilhavam vendo a cena que outrora ela fazia e fazia muito bem. O impressionante era que a cena era IDENTICA A NOSSA. O que me deixa, de certa forma, orgulhoso dessa nossa montagem. A gente não teve tempo hábil para fazer um trabalho de pesquisa sobre o texto, sobre Molière e por que não sobre a comedié française? E fizemos tudo a partir de nossa intuição de artista. Quero vos dizer que nossa montagem MUITO, MAIS MUITO se assemelha com a montagem de la comedie française que teve tempo para fazer tudo o que nos não tivemos. Então, Nossa montagem, como disse anteriormente, é tão boa quanto à montagem original. Vocês simplesmente arrasaram e eu só sinto um orgulho enorme de vocês nesse momento. Gostaria muito de ser rico e pagar bilhetes de avião para todos, só para vocês poderem comprovar isso que eu estou, muito emocionadamente, dizendo. Juan pode confirma o que estou relatando, pois foi graças ao seu telefonema que pude sentir, o que ele chamou de "a emoção da minha vida", o que assino embaixo. Para encerrar gostaria de convoca-los para a segunda temporada em agosto com Isabela... Vocês já praticamente dominam o espetáculo e seria um desperdício enorme não fazê-lo. Portanto, se organizem e mãos a obra. Quando chegar quero fazer uma nova temporada desse espetáculo refazendo algumas cenas, pois vi que podemos emprestar algumas idéias da montagem original... Então vamos praticamente reensaiar algumas coisas, para fazer uma temporada cobrando ingresso é tudo... Confiem em mim, pois o trabalho já pode ganhar essa dimensão. Espero contar com vocês. Pronto, meu coração já falou o bastante e esta mais aliviado... Ah falta ele dizer outra coisa; Estou morrendo de saudades de vocês... Fiquem na paz e um beijo na alma de cada um.


Fabio Araújo
Oi amigos, queridos!

Não posso deixar de compartilhar com vocês a minha emoção. Sem conseguir uma conexão para a internet tive que esperar até agora para poder transmitir essa sensação única. Pena não ter podido contatar para o Fábio e a Fernandinha para viver juntos esse momento de eternidade: Mariana e eu assistimos à peça O doente imaginário, em Paris, no templo do teatro, la comédie française!! Excepcional, fantástico! Podemos ficar orgulhos porque fomos todos dignos de Molière, especialmente Drumond e Fernandinha. Consegui falar hoje com Fabio, desde a Suíça, e ele sabe da peça e vai assistir a semana que vem!! Darei informações mais detalhadas no próximo e-mail. Desculpem os meus erros de português, mas as minhas limitações e a euforia podem tal vez explicar essa falha. Beijos a todos e realmente, vocês são partes do meu coração.

Juan